Stardust

Direção – Diogo Granato

Intérpretes

Ilana Elkis

Flavia Sheye

Flavio Falcone

Minchelle Farias

Veronica Piccini

Convidado Especial

Ramiro Murillo como David Bowie

Figurinos

Amapô Stage

Maquiagem

Siva Rama Terra

Vídeo Cenário

Jacques Kauffman

Iluminação

Marisa Bentivegna

Produção

Cau Fonseca

Assistente de produção

Guilherme Funari

Fotos:

pic by Haroldo Sabóia

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pic by Otávio Dantas

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STARDUST

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Stardust

Glitter, dança e rock’n’roll em ‘Stardust’

  • 25 de agosto de 2012|Jornal da Tarde

IGOR GIANNASI

Glitter, dança e rock’n’roll. Somente até amanhã, esses elementos reunidos pelo grupo Silenciosas + GT’aime levarão a plateia da Sala de Espetáculos 2 do Sesc Belenzinho a uma viagem pelo universo do camaleônico David Bowie com as coreografias de Stardust.

O nome do tributo ao roqueiro britânico faz referência ao personagem extraterrestre adotado por Bowie quando lançou o álbum The Rise And Fall of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars (Ascensão e Queda de Ziggy Stardust e as Aranhas de Marte, em tradução livre), em 1972. “Isso foi uma sorte absoluta. O espetáculo estava na geladeira.

De repente, tudo culminou para apresentá-lo esse ano e, quando a gente viu, eram os 40 anos (do disco). Foi uma ótima coincidência mesmo”, comenta o coreógrafo e dançarino Diogo Granato, diretor e criador do projeto.

As canções originais de Bowie são executadas na íntegra em cada coreografia. Dentre as 12 músicas do roteiro, Eight Line Poem, do álbum Hunky Dory (1971), é interpretada ao vivo, em versão reduzida, pelo bailarino convidado Ramiro Murillo. “Ele foi chamado também por ser músico e ser extremamente parecido com o David Bowie”, argumenta o coreógrafo.

Granato explica que as coreografias surgiram ou a partir da própria história contada na letra da canção, ou pela musicalidade dela, ou pelo pano de fundo em que ela foi composta por Bowie. “Outras foram geradas puramente pela estética do todo, soma melodia, letra e a personalidade do Bowie.”

Para isso, ele contou com a colaboração dos cinco bailarinos da companhia Silenciosas + GT’aime, formada pela união dos dois grupos de pesquisa dirigidos por Granato. “São leituras pessoais dos bailarinos a respeito dessas músicas ícones”, diz o diretor. Os intérpretes-criadores são Flávio Falcone, Michelle Farias, Ana Noronha, Carolina Coelho e Nathalia Catharina.

A apresentação começa com a clássica Space Oddity, do disco homônimo de 1969. Golden Years (de Station to Station, 1976) e Sound and Vision (de Low, 1977) também fazem parte da lista. Under Pressure, parceria de 1981 do roqueiro com a banda Queen, é outra canção revisitada pelos movimentos dos bailarinos. As projeções do vídeo-cenário criado por Jacques Kaufmann mudam a cada performance e interagem com a movimentação da dança.

Com maquiagem de Siva Rama Terra e figurinos idealizados pelas estilistas Carolina Gold e Pitty Taliani, da grife Amapô, a caracterização do elenco é um detalhe importante no espetáculo. O visual dos dançarinos remete, de maneira mais abstrata, a diversas fases do camaleão do rock. Mas apenas Murillo assume realmente o papel de Bowie em cena.

Já a bailarina Nathalia Catharina faz as vezes do cantor americano Iggy Pop, embalada por It Ain’t Easy, de Ziggy Stardust. “É uma música da época em que a relação entre eles era muito forte. Tem toda aquela especulação se eles namoravam ou não”, observa Granato.

A inspiração musical não é novidade nos trabalhos do diretor. Com o grupo Silenciosas, ele fez Revolver-Road, baseado nos álbuns Revolver e Abbey Road, dos Beatles. Sozinho, Granato apresentou Aretha, homenagem à diva soul Aretha Franklin, pelo qual ganhou o prêmio de melhor intérprete de 2006, pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

2 Respostas para “Stardust

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